terça-feira, 14 de agosto de 2018

Caderno didático com a sequência didática desenvolvida em sala de aula.


 A beleza do amor-próprio: Sequência didática para a produção de crônicas narrativas a partir da leitura de textos de linguagem sincrética





Neste caderno, propomos uma sequência didática que auxilie os professores(as) de Língua Portuguesa no processo de ensino de produção de crônicas narrativas a partir da leitura e compreensão de textos de linguagem sincrética, buscando amenizar as dificuldades que envolvem a produção desse gênero.

Nosso desejo é que este material contribua com o trabalho dos professores(as) de Língua Portuguesa no ensino de produção de crônicas narrativas a partir da leitura de textos de linguagem sincrética; pode ainda ser ampliado para outras atividades com base nessa mesma perspectiva, configurando-se em um recurso válido para auxiliar o fazer pedagógico.

Ana Paula Cardoso dos Santos Tavares
Sandra Mara Mendes da Silva Bassani 





quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Produção final: A beleza do amor-próprio



Atividade: Após o desenvolvimento de todas as atividades de leitura de textos sincréticos, observação, análises e produção dos parágrafos narrativos de “aquecimento”, produza uma crônica narrativa com a temática “A beleza do amor-próprio”, utilizando a linguagem sincrética apresentada nas aulas anteriores como estímulo para a criação textual. Escolha o tipo de narrador que contará a história. A crônica deve ser produzida com sensibilidade e humor em que o desfecho leve o leitor a uma reflexão sobre a beleza de ser o que se é.  

Sua beleza

A Maya é uma mulher linda, com cabelos longos e cacheados de cor preta, seus olhos grandes e castanhos chamavam atenção, seus lábios carnudos ficavam lindos com um batom vermelho, e sua pele escura se destacava.
Depois que Maya se mudou para a cidade grande, ela começou a notar olhares estranhos quando passava pelas ruas de São Paulo. Ela se mudou com a sua família. Seus pais já trabalhavam e ela já não via a hora de trabalhar. Maya fez três entrevistas de emprego, mas todas sem sucesso.
Maya percebeu com o tempo, que não conseguia emprego por causa de sua cor. Então ela decidiu montar seu próprio negócio, um salão de beleza para mulheres com cabelos cacheados, pois na sua cidade não havia nenhum. Sua empresa foi crescendo e ela abriu um salão com tratamento especializado em mulheres de pele escura.
Hoje em dia, seus negócios vão bem, ela também faz palestras para pessoas que tem dificuldades em se aceitar. Ela aprendeu com suas dificuldades e hoje se tornou uma mulher especializada em beleza.


Nyvea Maria – 8º ano B



Produção final: A beleza do amor-próprio


Uma mulher feliz

Whitney é uma mulher feliz, só que por causa de comentários negativos sobre ela, fica chateada. Ela é feliz, só não sabe disso. O motivo dos comentários? Seu peso. De acordo com a sociedade, ela era feia apenas por ser uma pessoa com o peso acima do padrão. A sociedade queria que Whitney fosse uma pessoa padrão.
Anos ouvindo comentários desagradáveis, dizendo o que ela podia ou não podia fazer, falando também que era feia, descuidada por ter deixado o corpo dela daquele jeito, e ela não entendia o porquê das pessoas falarem aquilo, magoava ouvir aqueles comentários e foi por esse motivo que ela passou dez anos da sua vida tentando emagrecer para ser feliz.
Whitney fez de tudo para emagrecer, para agradar a sociedade e tentar buscar a felicidade, mas ela percebeu que para ser feliz não precisa ter um corpo padrão e nem pra dizer o que ama. Ela podia fazer o que ela quisesse apenas com seu amor-próprio e determinação.

Talytta Nogueira – 8º ano B

Produção final: A beleza do amor-próprio



Indignação de alguém que te acha linda
Quero contar uma história real, uma história que acontece ao nosso redor e nós não damos a mínima importância! Uma colega de nossa classe que não aguenta mais estudar, na verdade ela não aguenta o limite de tolerância, que é tão pequeno dos colegas, que não a aceitam por não ser como eles gostariam.
Ela é linda, seu olhar é simpático, o seu sorriso é encantador, mas por não ter o cabelo como eles dizem que é lindo, por não estar no peso que eles acham confortável, por nunca ter beijado na boca, ela se vê excluída e chocada. Rumores rolam pelos corredores da escola, enquanto lágrimas rolam no seu rosto trancada no banheiro.
Esse texto é um pedido de ajuda, um pedido de socorro, não quero revelar a personagem, mas quero alertar que ela é real e precisa de ajuda.
Camilly Dias – 8º ano A  

Produção final: A beleza do amor-próprio


Maya valorizando-se

Maya, a pele tão negra e quase azul encanta os olhos de quem a olha. Olhos negros como a noite e cabelos encaracolados como...como só o cabelo dela. Ela nasceu no Malaui e morou lá até os seus três anos de idade. Isso só aconteceu pois foi receber uma mulher desconhecida na porta da instituição onde morava, que quando a viu se encantou com a sua beleza: cabelos loiros como o sol que sorria para ela todos os dias, olhos azuis como os mares que ela só ouvia falar e pele branca... branca como o que? Maya nunca havia visto alguém assim e logo deu um sorriso.
Um tempo depois conheceu mais pessoas e logo foi adotada pela moça e seu marido, os anos se passaram e ela foi crescendo e conhecendo o novo mundo, onde passou a viver cercada de amor e carinho. Aos doze anos via como sua mãe era bela. Ah, era uma atriz e fez faculdade de moda. Maya sofria na escola com os olhares das pessoas, mas sabia que não falavam, pois foi adotada por celebridades.
Com quinze anos, Maya criou redes sociais e começou a ser alvo de preconceito: “Ah, seus pais são tão lindos, qual motivo de adotarem uma preta?” Como ela sofreu com aquilo, e descobriu que sofria disso desde que chegou ao Brasil. Resolveu apenas denunciar e mostrar ao mundo que a beleza não está nos olhos de quem vê e sim no coração de quem tem um.
Por sua humildade, foi contratada como modelo, depois de se formar em Oxford  passou a ser, quando mais velha, embaixadora da ONU.

Mariana Maia – 8º ano B



Produção final: A beleza do amor-próprio


Alice

Alice possui 25 anos, trabalha como professora de canto, é tímida, engraçada, gente boa, não gosta de ficar em lugares que tem muitas pessoas, é inteligente, sempre sorridente, não possui muitos amigos. Na adolescência ela era gordinha, usava aparelho e possuía grande quantidade de acne. Hoje é casada, faz três anos.
Em sua adolescência, Alice chorava quase todos os dias, sofria calada. Não se abria para ninguém de sua família e seus colegas da escola ficavam zuando, chamando ela de um monte de coisas ruins, e isso machucava muito os sentimentos dela, ela já não acreditava no amor, não se aceitava do jeito que era, não saía muito de casa.
Mas o tempo foi passando, e ela conheceu uma pessoa que a apoiou, deu conselhos, ajudou. Alice fez várias dietas, só que não adiantava, Alice tirou o aparelho e cuidou de suas espinhas, e junto com essa pessoa que ela conheceu, seguir  em frente e  superou seus desafios, ela se sentiu mais bonita, parou de se importar com a opinião de outras pessoas a seu respeito, e essa pessoa que a ajudou, está com ela até hoje, que é o seu marido, chamado João.


Caroline Azevedo - 8º Ano A

Produção final: A beleza do amor-próprio


Amor-próprio

Meu nome é Liv, tenho 16 anos, sou muito feliz com os meus amigos. Gosto muito de conversar, penso muito no meu futuro, gostaria de ser veterinária, estou estudando e quero fazer uma faculdade para isso.
Eu como qualquer adolescente da minha idade tenho problemas com espinhas, só que no meu caso, além das espinhas, eu tenho muitos cravos. E é claro que eu não vou gostar de deixar o rosto feio e marcado. Muitas pessoas acham estranho a minha pele, já falaram várias coisas que me ofenderam, colocando apelidos.
Na minha opinião isso tudo é normal, é apenas uma fase da adolescência em que todo mundo uma hora vai passar. Ter espinhas é horrível, constrangedor, mas temos que aceitar as mudanças que o nosso corpo faz, não vejo isso como motivo de bullying e sim de aceitar as mudanças dos hormônios, mas nem todo mundo pensa como eu.


Débora da Silva – 8º  Ano A